Sou feliz no meu eu e nele sobrevivo,
transparente no que sou no que faço e no que digo,
incerteza indiscreta
fascinada pela descoberta
sou o vazio que faltou preencher
e quem fica a perder
mas é assim que sobrevivo.
Sou a paz desconhecida,
a felicidade desaparecida
a luz recolhida
mas ninguém me procura
porque já não importa a espessura
apenas a existência
e por mais fino que seja
se existe, já é experiencia.
um história pequenina
de uma pedra no caminho´
é um barco navegando
num difícil remoinho.
dificuldades trocadas
dores exageradas
hipérboles recheadas
das piores enxurradas.
Deixem-se assim
deixem-se ficar
só a mim
não me venham criticar.
seria o vosso pano se vos faltasse vela
mas se preferem ser tristes
abandonem a caravela.
seria o vosso isqueiro se vos faltasse lume
mas se preferem ser miseráveis
contentem-se com o estrume.
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