28 maio, 2012

Irreverência na ponta da caneta

Tentar por um ponto no habitual mas a rotina insiste em apagá-lo, a mera borracha da rotina que é batida com uma simples e rara caneta. Problema: a caneta está demasiado envolvida por tudo aquilo que os outros querem que tu sejas, por vergonhas e por fraquezas. Tudo junto será então a caixa e por esta ser tão difícil de abrir é que a caneta é tão rara e desejada. Um vez usada não pode ser guardada outra vez, no máximo fica sem tinta mas quem tem a ousadia de a usar, livre será e feliz viverá. Basta não ceder à força da caixa e abri-la, ter coragem para pegar na caneta e para além do ponto na rotina, escrever uma vida e desenhar irreverência porque o estranho assusta mas preenche. A revolta é trabalhosa mas quando é levada ao limite certo e da forma certa muda uma vida, um forma de viver ou um mundo, só é preciso que esta exista com mais frequência.

16 maio, 2012

Virtude de distinguir o defeito do erro. Virtude de viver em comunidade

Todos esses defeitos que vocês dizem encontrar nos outros, bem, eles são partilhados por todos nós. Uns mais, outros menos. Defeitos esses que podem ser compensados com virtudes e tornar qualquer um numa boa pessoa, pois uma pessoa boa não é aquela que não tem defeitos, é sim aquela que tem virtudes mais realçadas que defeitos. Uma grande virtude é a capacidade de reconhecer os próprios defeitos. Penso que a melhor de todas as virtudes, mas a mais perigosa. É necessário manter a calma e ser consciente. Saber distinguir um erro de um defeito e ter a capacidade de escutar-se e reviver o seu dia. Saber distinguir a personalidade da forma como agimos pois apesar de uma ditar a outra, há que não esquecer de quem nos rodeia, do que essas pessoas provocam em nós e de avaliar as nossas reacções sempre consoante o sucedido. Perante um momento de reflexão, há que distinguir o que nos faz ser do que nos faz agir. A personalidade faz-nos ser, faz-nos repetir vezes e vezes sem conta numerosas acções. As reacções aos diferentes acontecimentos fazem-nos agir e de acontecimento para acontecimento a reacção altera mas não a personalidade. Vamos admitir os erros e reconhecer os defeitos, mas vamos admitir apenas os nossos erros e reconhecer apenas os nossos defeitos.Vamos ser nós e vamos ser cientes de quem somos. Vamos ser uma comunidade capaz de julgar construtivamente o próximo e nós mesmos. É uma das chaves para a vida em conjunto! Mas... sempre construtivamente !
PS: E não, não é por usares frases como "não sou perfeito/a, ninguém o é" ou " não sou perfeito/a mas há quem goste" ou outras do género que estás a admitir os teus erros. Há que reflectir , calar e tentar superar os defeitos. Coisa distas da boca para fora não mudam mentes, muito menos a de quem o disse!

09 maio, 2012

09 de Fevereiro de 2012(clica para ler tudo)- "(...) Os fantasmas daqueles que morrem na tragédia não tem permissão nem capacidade para abandonar tal local. Só é pena a visível degradação. A era dos enlouqueidos não durará muito mais."

E só mesmo os fantasmas restam. Esta estranha e intimamente estação encarrega-se de se livrar de todo o material físico. Despeja-o onde lhe der mais jeito.Realmente és, estação miserável mais odiada que mais saudades e dúvidas deixa. A insanidade dos 'restos' daqueles que se atrevem a explorar-te sacia-te.

Engano vital ou fase passageira?

É erro! eles diziam. É certo que errar é humano, é certo que é com os erros que aprendemos. Aprendi com ele e foi um erro, sim mas se me arrependo? Não. Não sei o que aprendi, talvez tenha aprendido só um pouco mais de ti, talvez tenha aprendido uma lição de vida. Por muito incorrecto que tenha sido nunca me vou arrepender e chamar-lhe de erro já é cruel o suficiente. Se fosse hoje faria exactamente o mesmo. Erro ou não, gostei. Erro ou não, eu o fiz e consegui tirar algum prazer dele. Engano foi de certeza! Pensei que fosse diferente e se soubesse o que sei hoje, bem, provavelmente repetiria tudo exactamente como foi. É inexplicável! É estranho... Foi mau, foi erro, foi engano, foi história, foi vivência, foi segredo, foi nosso, foi meu, ... foi bom e como bom será recordado. Foi passageiro mas deixou marcas. E que má é esta minha memória, de pouco se recorda mas o mas marcante não falta, não apaga e cada vez que algo me liga a tal 'engano' eu penso "e é que não falta mesmo".